Austrália investe em óleo biodegradável como substituto ao petróleo para acelerar a economia (vídeo em inglês)
Austrália investe em óleo biodegradável como substituto ao petróleo para acelerar a economia
Pesquisadores australianos estão saudando um óleo de cártamo de alto valor
oleico como um substituto potencial para o petróleo em produtos industriais,
que variam de combustíveis e lubrificantes a produtos químicos e plásticos
especiais, informou a TV estatal da Austrália (“Australian Broadcasting
Corporation” /ABC News), em 6 de junho.
É sabido que em algumas regiões brasileiras a
planta de cártamo é conhecida como açafrão ou mesmo como sultana. Cientificamente
trata-se do cártamo (Carthamus tinctorius), pertencente à Família das
Compostas, a mesma do girassol e da margarida.
Cientistas do laboratório governamental de
pesquisas da Austrália, CSIRO (“Commonwealth Scientific and Industrial
Research Organisation”), uniram forças com a Australian Grains Research
and Development Corporation para estabelecer a Crop Biofactories
Initiative (CBI) para projetar oleaginosas com composições de ácidos graxos
para aplicações industriais específicas.
Eles conseguiram produzir um óleo de semente
de cártamo - chamado cártamo super-oleico (SHO) - contendo mais de 92% de ácido
oleico, publicou a CSIRO em seu site.
"O cártamo SHO possui o mais alto nível
de pureza de um ácido graxo individual presente em qualquer óleo vegetal
atualmente disponível."
Os estudos iniciais mostraram que o óleo de
cártamo é um lubrificante superior com emissões mais baixas do que os produtos
à base de petróleo convencionais, disse a ABC News. Isso também reduziu o
atrito e o desgaste das peças do motor.
O engenheiro agrônomo David Hudson, que
supervisionou os cinco anos de testes de campo, acreditava que o petróleo
oferecia uma série de benefícios de sustentabilidade.
"Podemos retirá-lo, adicionar outro
aditivo e, na verdade, podemos reciclá-lo novamente em nossos cortadores a
motor, motosserras e esses tipos de óleos, que podem ser quebrados no meio
ambiente. Isto representa um ciclo líquido zero de carbono ", disse ele.
No entanto que ninguém se engane ao pensar
que esta iniciativa é simplesmente mais uma das medidas do governo australiano para
ajudar a economia da Austrália em sua convalescência do período pós-pandemia. O
trabalho do cártamo SHO foi o culminar de 18 anos de pesquisa por cientistas de
plantas do CSIRO. Ou seja, o governo australiano tem acreditado e investido
nesta pesquisa por todos estes anos e investir em pesquisas que não prometam um
resultado rápido está cada vez mais raro seja na iniciativa privada e
principalmente quando envolve dinheiro público.
“Muitos acertadamente devem estar se
perguntando se o açafrão convencional, é uma das culturas mais antigas da
humanidade, usada para tingir tecidos há milhares de anos, o que foi realmente
inventado? Em realidade o açafrão convencional contém baixos níveis de ácido
oleico e sendo assim, os cientistas australianos provaram a sua criatividade ao
reprojetarem a oleaginosa usando o silenciamento de genes. Isso desativou os
genes que controlam processos dentro da semente de cártamo que limitam o nível
de ácido oleico, causando um acúmulo do óleo altamente desejável e objeto
primordial da pesquisa de 18 anos”, explicou o agente de imigração e engenheiro
eletrônico MaCson Queiroz JP. Ele é fundador e diretor da M. Quality, única
agência brasileira de imigração e negócios com mais
de 19 anos de atuação na Austrália.
O cártamo é uma planta naturalmente
resistente, mas a variedade que está sendo desenvolvida no CSIRO é para atender
a uma variedade de condições dificílimas de cultivo. Pois foi descoberto com
sua raiz de torneira gigante, a capacidade da planta de encontrar umidade
profunda fornece uma tolerância à seca aprimorada, dando-lhe uma vantagem sobre
culturas como canola, trigo e lentilhas. Também prospera em solos salgados e
sódicos, um problema em grande parte da zona de cultivo temperada da Austrália.
O CSIRO disse que o cártamo é atualmente uma
colheita relativamente menor na Austrália, cultivada em cerca de 10.000ha,
devido a um pequeno mercado doméstico de seu petróleo, mas espera ver áreas
significativas áreas de cártamo da SHO cultivadas na Austrália até 2023 abrindo-se
novas oportunidades para investidores e empreendedores internacionais para
fazerem parte destes planos.
“O governo australiano está seriamente investindo
em agronegócios para obter bons resultados econômicos no curto prazo e não
deixe de observar que as áreas regionais da Austrália serão os locais geradores
dos milhares de empregos destas iniciativas que conta com o apoio dos empresários
e investidores internacionais. Então novamente a lição número um que devemos
tirar destes fatos é que os primeiros (aqueles que iniciarem agora o processo
de imigração para a Austrália) serão os beneficiados, já que uma porção significativa
das vagas deste setor serão provindas do programa de imigração regional, o qual
está em processo de seleção”, finalizou o diretor da M. Quality.
Sobre a M. Quality - A M. Quality é uma empresa de assessoria em imigração e
negócios especializada em processos de visto para a Austrália. Fundada em 2001,
é a única agência brasileira do setor que possui licença validada pelo governo
australiano há mais de 19 anos. A M. Quality foi criada na Austrália e no
Brasil por meio do empreendedorismo de MaCson Queiroz JP, businessman,
engenheiro eletrônico pela Escola de Engenharia Mauá (SP), ex-instrutor do
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/SP) e reconhecido consultor
imigratório no país. Com sede em Sydney, a empresa possui também escritório em
São Paulo. Seu portal tornou-se uma das mais procuradas fontes seguras de
informação sobre imigração e empreendedorismo para a Austrália entre
brasileiros e latinos.